Alguns invertebrados
possuem células que não são diferenciadas – não pertencem a um tecido
específico. Quando eles perdem alguma parte do corpo, essas células podem se
diferenciar para formar novos tecidos, regenerando assim a parte perdida.
Vários invertebrados têm essa capacidade de regeneração, como as planárias e as
estrelas do mar. Em alguns animais as células diferenciadas podem se originar
de células diferenciadas – como as de um músculo, por exemplo – para então
reconstituir a parte perdida ou amputada.
Insetos como baratas,
percevejos, grilos e bicho pau, além de todos aqueles que fazem a metamorfose
completa, como borboletas e os besouros, regeneram seus apêndices (penas,
antenas ou peças bucais) a partir de células indiferenciadas, que ficam
próximas ao local da perda. Se um inseto perde uma perna, por exemplo, a base
da perna restante guarda informações para regenerá-la. Nesses grupos,
entretanto, a regeneração está restrita aos estágios imaturos, não ocorrendo
após o inseto ter atingido a fase adulta. Isso porque, quando adultos, os
insetos não produzem mais a cutícula, esqueleto externo que é trocado enquanto
ainda estão crescendo. Assim são capazes de regenerar partes de seu corpo
apenas durante o seu desenvolvimento.
Fonte: Jorge Luiz
Nessimian - Laboratório de Entomologia, Departamento de Zoologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Coleção explorando o
Ensino
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