quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O amor é Cego Literalmente



Quem está apaixonado fica em estado de graça: meio aéreo, sem prestar muita atenção no que está se passando a sua volta. Isso todo mundo já sabe. Mas os cientistas da Universidade da Flórida acabam de descobrir que a coisa pode ir muito além: o amor torna o cérebro humano literalmente incapaz de prestar atenção em rostos muito bonitos.
Os pesquisadores fizeram um estudo para medir a atenção de 113 homens e mulheres, que foram expostos a fotos de pessoas lindas e outras não tão bonitas. Metade dos voluntários teve de escrever, antes da experiência, um pequeno texto falando sobre o amor que tinha por seu parceiro. A outra metade fez uma redação genérica, sobre felicidade. Em seguida, as fotos foram exibidas – com os olhos dos voluntários monitorados por um computador. Quem tinha escrito e pensado em amor passou a ignorar as imagens de pessoas bonitas – seus olhos simplesmente não se fixavam sobre as fotos. E a rejeição só acontecia com as fotos de gente linda; com as imagens de pessoas comuns, não havia diferença. Segundo os cientistas, isso acontece porque, quando as pessoas pensam em amor, seu neocórtex passa a repelir pessoas muito atraentes – que são tentadoras e têm mais chances de levar alguém a praticar adultério. O mais impressionante é que, entre homens, esse mecanismo antitraição é 4 vezes mais forte do que em mulheres. Os cientistas especulam que ele teria se desenvolvido, ao longo da evolução, para ajudar os machos a se manterem monogâmicos. “Há muitos benefícios evolutivos em uma relação monogâmica, e o organismo leva isso em conta”, diz o psicólogo Jon Maner.

Fonte: Revista Superinteressante

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Não, mulheres não são o sexo frágil



“Dizem que mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda…”. Quando cantou isso, Erasmo Carlos não sabia que estava tão certo.
De acordo com um novo estudo, o sexo feminino é geneticamente programado para resistir melhor a infecções, ao câncer e também possui um sistema de reserva para combater doenças.
A descoberta lança luz sobre por que os membros do chamado sexo “mais forte” sucumbem a uma gripinha.
Os seus sistemas de imunidade não são páreos para os de suas esposas e namoradas, por causa do cromossomo feminino X.
A razão pela qual as mulheres são mais vigorosas parece ter a ver com microRNAs – cadeias curtas de RNA codificado no cromossomo. RNA é o primo genético do DNA e pode ter importantes efeitos biológicos.
Os microRNAs têm o efeito de “silenciar” genes de imunidade no cromossomo X, de acordo com a nova pesquisa.
Isso deixa os homens em desvantagem já que eles só têm um cromossomo X. As mulheres têm dois, de modo que mesmo quando os genes de imunidade são silenciados em um, o outro pode compensar.
As estatísticas mostram que em humanos, assim como acontece com outros mamíferos, as fêmeas vivem mais do que os machos e são mais capazes de lutar contra episódios de infecção ou trauma. Os pesquisadores acreditam que é devido ao cromossomo X, que em humanos contém 10% de todos os microRNAs detectados até agora no genoma (código genético).
Vários microRNAs localizados no cromossomo X parecem ter funções importantes na imunidade e no câncer.
Do ponto de vista biológico, a diferença provavelmente evoluiu porque as mulheres precisam assegurar mais a sobrevivência da espécie. Elas precisam ser capazes de resistir à infecção durante a gravidez e quando nutrem uma criança.