sexta-feira, 15 de julho de 2011

Lúpus

Lúpus é uma doença inflamatória autoimune, desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico, exatamente aquele que deveria proteger a pessoa contra o ataque de agentes patogênicos. Lúpus pode manifestar-se sob a forma cutânea (atinge apenas a pele) ou ser generalizado. Neste caso, atinge qualquer tecido do corpo e recebe o nome de lúpus eritematoso sistêmico (LES).
Estudos recentes mostram que fatores genéticos e ambientais estão envolvidos no aparecimento das crises lúpicas. Entre as causas externas, destacam-se a exposição ao sol, o uso de certos medicamentos, alguns vírus e bactérias e o hormônio estrógeno, o que pode justificar o fato de a doença acometer mais as mulheres em idade fértil do que os homens.

Sintomas

Os sintomas dependem basicamente do órgão afetado. Os mais frequentes são: febre, manchas na pele, vermelhidão no nariz e nas faces em forma de asa de borboleta, fotossensibilidade, feridinhas recorrentes na boca e no nariz, dores articulares, fadiga, falta de ar, taquicardia, tosse seca, dor de cabeça, convulsões, anemia, problemas hematológicos, renais, cardíacos e pulmonares.
Portadoras de lúpus eritematoso sistêmico podem ter dificuldade para engravidar e levar a gestação adiante. No entanto, a gravidez é possível, desde que sejam respeitadas algumas medidas terapêuticas e mantido o acompanhamento médico permanente.

Diagnóstico

O “American College of Rheumatology” estabeleceu onze critérios para o diagnóstico do lúpus. A manifestação simultânea de pelo menos quatro deles caracteriza a doença:
Pequenas feridas recorrentes na boca e no nariz;
  • Manchas na pele, especialmente quando exposta ao sol;
  • Lesão avermelhada e descamativa com o formato de asa de borboleta, que surge nas laterais do nariz e prolonga-se horizontalmente pelas faces;
  • Fotossensibilidade;
  • Artrite – dor articular assimétrica e itinerante, especialmente nos membros superiores e inferiores;
  • Lesão renal, que evolui rapidamente para insuficiência renal progressiva;
  • Lesão cerebral – convulsão (muitas vezes atribuída a outra doença neurológica), ansiedade, psicose e depressão;
  •  Serosite – inflamação da membrana que recobre externamente os pulmões (pleura) e o coração (pericárdio);
  • Anormalidades hematológicas ou penias;
  • Anormalidades imunológicas;

Tratamento

Existem recursos terapêuticos que ajudam a controlar as crises e a evolução da doença.
Os corticóides modernos apresentam menos efeitos colaterais e a
ciclosfosfomida, imunossupressor usado nos transplantes, tem-se mostrado eficaz para controlar a formação dos complexos imunes.
Outra conquista importante é a plasmaferese utilizada para eliminar os complexos imunes circulantes e regredir as lesões renais e cerebrais.

Recomendações
  • Pacientes com lúpus devem evitar a exposição ao sol e usar protetores solares o dia todo;
  • Os anticoncepcionais são contra-indicados, porque o aumento dos níveis de estrógeno pode desencadear surtos da doença;
  • Portadoras da doença que desejam engravidar devem seguir rigorosamente a orientação medica e dar preferência aos períodos de remissão das crises;
  • O consumo de álcool, cigarro e outras drogas é absolutamente contra-indicado;
  • Respeitadas as limitações que possam ocorrer durante as crises, a atividade física deve ser mantida com regularidade.
Fonte: http://drauziovarella.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário