São Paulo é um dos estados mais ricos da federação brasileira e está carente de áreas verdes. Biólogos estudam maneiras de recuperar áreas degradadas de Mata Atlântica, através de levantamento florístico e chuva de sementes que auxiliam no reflorestamento.
Em 1500, quando o Brasil foi descoberto pelos europeus, a Mata Atlântica cobria uma área de 15% do território brasileiro. Atualmente, ela está reduzida a 7% de sua cobertura original. Estes dados são da SOS Mata Atlântica, organização que há 18 anos monitora e defende a Mata Atlântica.
Estes dados preocupam a bióloga Ana Paula Farias Santana que finalizou uma pesquisa de Levantamento Florístico em uma área de Mata Ciliar localizada no município de Arujá em São Paulo”, neste trabalho ela afirma que “conhecer a flora da vegetação natural é importante para o desenvolvimento de modelos de conservação, manejo de áreas remanescentes e recuperação de áreas perturbadas ou degradadas”.
A bióloga Edna Pereira dos Santos reforça que o trabalho de levantamento florístico e análise da chuva de sementes servem para avaliar quais serão os futuros regenerantes que irão colonizar o local que será recuperado. “Faz-se o levantamento de espécies dos biomas para plantar árvores pertencentes a mesma região”, afirma Santos.
Santana afirma que a destruição da vegetação causa problemas sérios para o equilíbrio do planeta, como erosão eólica, hídrica, degeneração do solo, diminuição da umidade do ar, também aumenta o risco de enchentes, reduz a biodiversidade, aumenta a poluição do ar e causa vários outros problemas que afetam a qualidade de vida. Por isso, é necessário restabelecer a cobertura vegetal para garantir o desenvolvimento sustentável e retomar o equilíbrio dos ecossistemas. Esse quadro está relacionado à falta de instrução sobre a importância de se preservar as florestas.
As biólogas concordam quando afirmam que tudo no Brasil é influenciado pela educação. Segundo elas precisa partir dos professores a educação ambiental. “O brasileiro não tem uma base educacional que ensina o valor de uma árvore, o que é um ecossistema ou qual a função dele”, finaliza Santana. Santos complementa ao dizer que é “importante levar todo o conhecimento para as comunidades menos favorecidas”.
*Charlene Aparecida Salustiano é jornalista e teve a colaboração da bióloga Cleia Santos Allen na captura das imagens da floresta no município de Arujá.
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