Na verdade o que nos envelhece é o combustível do caminhão. É uma ironia, mas o oxigênio, fundamental para a vida na Terra, é capaz de oxidar nossas células, enfraquecê-las, da mesma forma que oxida os carros. E, com o tempo, ficamos parecidos com um boneco de lata.
E você lembra: respeitados os limites da desnutrição, a expectativa máxima de vida é inversamente proporcional ao número de calorias ingeridas. Quer dizer: quem come menos, vive mais, e isso tem tudo a ver com o oxigênio.
Cada célula tem sua central energética: as mitocôndrias. A função da mitocôndria é transformar o que comemos na energia de que o corpo necessita para funcionar. Nesse processo, há a liberação de átomos de oxigênio, chamados radicais livres. Os radicais livres são oxidantes e, aos poucos, enfraquecem as mitocôndrias.
Quando comemos demais, fazemos as mitocôndrias trabalhar a todo vapor e liberar mais radicais livres que irão destruí-las lentamente. Com isso, cai a produção de energia dentro das células: é o envelhecimento.
É simples: bastam 30 minutos de caminhada vigorosa todos os dias. Se você está acima do peso, na hora de comer, faça o prato normalmente e, depois, tire mais ou menos um terço da comida. São cuidados que garantem uma velhice ativa. Mas e o cérebro?
Para quem não quer perder a minha memória de jeito nenhum, Ivan Izquierdo, diretor do Centro de Memória da PUC/RS, orienta: "Uma vida sadia, uma boa alimentação e ler, ler e ler. E, uma vez que terminou de ler, ler mais um pouco. É o melhor exercício, não tem outro".
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